Windows perde espaço para Android no reino da Cibernética

Pesquisas apontam que o Sistema Operacional Windows já não é o mais utilizado no mundo – a bola da vez é o Android

 13/04/2017 - Publicado há 7 anos     Atualizado: 27/04/2017 as 15:42
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O sistema operacional Windows parece estar com os dias contados, uma vez que já não é o mais utilizado no mundo. Um levantamento da empresa StatCounter, divulgado recentemente, registra que o Android, utilizado nos dispositivos móveis, leva uma pequena vantagem em relação ao Windows.

Segundo o jornal espanhol El País, o Windows acumula queda contínua desde 2011, enquanto o Android vem crescendo ano após ano, o que não constitui nenhuma surpresa para o professor Marcelo Zuffo, da Escola Politécnica da USP, o qual falou sobre o tema em entrevista à Rádio USP.

De acordo com ele, o microsoft Windows acompanhou a evolução do computador em sua forma de desktop. Recentemente, com a evolução do computação e com a internet das coisas, os computadores desktop estão ficando cada vez mais reduzidos e viraram o smartphone, que nada mais é do que um computador portátil, móvel e muito mais poderoso do que o desktop que tínhamos na década de 1990.

Sistema Operacional Windows vs Sistema Operacional Linux

“É importante lembrar que  não se trata do Sistema Operacional Android, mas do Sistema Operacional Linux, porque o núcleo do Sistema Operacional Android é um Sistema Operacional Linux”, explica Zuffo. Para ele, esse é mais um importante sinal a demonstrar que as tecnologias abertas estão assumindo um papel preponderante nessa evolução contínua em direção à internet das coisas.

O professor da Escola Politécnica da USP abordou também, durante a entrevista, um assunto que sempre vem à tona quando o assunto é computação ou internet: a privacidade. Ele não tem dúvidas em afirmar que, na sociedade do conhecimento, alguns valores morais estão em transformação,e um deles é o da privacidade. As atuais gerações têm uma exposição de sua vida pública no espaço virtual muito mais ampla do que as gerações anteriores, o que acaba criando conflitos geracionais entre faixas etárias não tão distantes umas das outras em termos cronológicos. “A gente vê que a garotada dos 18 anos tem conflito com a garotada dos 30 anos”, observa Zuffo.

As coisas funcionam como se cada faixa etária possuísse uma percepção diferente de privacidade. As gerações mais velhas tendem a preservar a privacidade em um grau muito maior do que as atuais. Zuffo não acredita que o conceito de privacidade seja extinto, mas admite que está sofrendo uma flexibilização em função dos novos tempos. “Para nós, da velha guarda, o que entendemos como privacidade hoje,  já não existe”.

 

 


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