Inclusão de negros e pardos na escola é mais lenta que de brancos

Vídeo animado do Centro de Estudos da Metrópole mostra relação entre escolaridade e desigualdade social

 07/08/2019 - Publicado há 5 anos
Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

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De que forma a cor da pele afeta o acesso à escola? Este é o tema do último Animações do livro Trajetórias das desigualdades: como o Brasil mudou nos últimos 50 anos, organizado por Marta Arretche, coordenadora do Centro de Estudos da Metrópole (CEM-Cepid/Fapesp), e que já está em sua quarta edição (Editora Unesp). O vídeo foi produzido com base no capítulo 2, “Educação e desigualdade no Brasil”, de autoria de Naercio Menezes Filho e Charles Kirschbaum, e no capítulo 6, “Desigualdades raciais no Brasil: um desafio persistente”, de autoria de Márcia Lima e Ian Prates.

O vídeo detalha os indicadores de inclusão educacional por cor. Mostra que o Brasil levou 30 anos para chegar à mesma proporção de negros e pardos que completaram o ensino básico que os brancos já haviam atingido em 1980. Neste ano, 14% dos jovens negros, 18% dos jovens pardos e 38% dos jovens brancos concluíram o ensino médio. Em 2010, esses porcentuais passaram para 37% (pretos), 38% (pardos) e 56% (brancos).

Outras quatro animações já foram produzidas. Confira os vídeos, que estão disponíveis na playlist do Youtube e também abaixo, separadamente.
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“1960-2010: Desigualdade territorial na oferta de luz, água, esgoto e na coleta de lixo”

Baseada no capítulo 7, “Trazendo o conceito de cidadania de volta: a propósito das desigualdades territoriais”, de autoria de Marta Arretche, a animação informa, por exemplo, que em 1970, apenas 125 dos 3.952 municípios existentes no Brasil ofereciam energia elétrica para três quartos de seus domicílios. Só em 2010 o País conseguiu atingir a universalização no abastecimento de energia.
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“1960-2010: Educação e mercado de trabalho no Brasil”

Como as condições da educação dos brasileiros se relacionaram com as da nossa economia e mercado de trabalho e, consequentemente, com o perfil da desigualdade social é o tema desse vídeo, que se baseia no capítulo 4, “Educação e desigualdade no Brasil”, de autoria de Naercio Menezes Filho e Charles Kirschbaum.
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“1960-2010: Mulheres cada vez mais iguais”

Em 1960, apenas 0,14% das mulheres tinham diploma universitário, contra 9,4% em 2010, um crescimento de 67 vezes no período, ocorrido nas diversas áreas do ensino superior. Além disso, 16% das mulheres com mais de 15 anos procuravam emprego em 1960, contra 42,6% em 2010. Outra desigualdade estava no voto: por exemplo, os maridos podiam decidir se as esposas podiam votar – no caso daquelas que trabalhavam apenas em casa. Esses e outros aspectos são apresentados no vídeo, que se baseia nos capítulos 5 – “Estratificação horizontal da educação superior no Brasil (1960 a 2010)”, de Carlos A.C. Ribeirão e Rogério Schlegel; 11 – “Cinquenta anos de relações de gênero e geração no Brasil: mudanças e permanências”, de Maria Coleta Oliveira, Joice Oliveira e Gláucio Marcondes; e 13 – “Desenvolvimento econômico e desigualdades no Brasil: 1960-2010”, de Alvaro A. Comin.
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“1960-2010: Um eleitorado cada vez maior”

Em números absolutos, o eleitorado brasileiro cresceu 18 vezes entre 1945 e 2010. Entre os fatores que explicam esse crescimento estão a migração para as cidades, a elevação do nível educacional e a inclusão do direito de voto aos analfabetos associada às mudanças na forma de votar. Confira a evolução no vídeo abaixo, baseado no capítulo 1, “Participação política no Brasil”, de autoria de Fernando Limongi, José Antonio Cheibub e Argelina Cheibub Figueiredo.
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Para adquirir o livro, visite o site da Editora Unesp ou procure nas principais livrarias. E aproveite para navegar por outros conteúdos do CEM no Youtube. 

Do Centro de Estudos da Metrópole


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