Grupo do Instituto de Química recebe apoio para estudos visando ao combate do zika

Pesquisa visa desenvolver um teste rápido, eficiente e barato para o diagnóstico da zika, a partir de amostras de sangue, urina ou até mesmo de saliva

 15/06/2016 - Publicado há 8 anos     Atualizado: 16/06/2016 as 16:40

O grupo de pesquisa da professora Paola Corio, do Instituto de Química (IQ) da USP, foi um dos contemplados pela chamada emergencial da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para o financiamento de projetos para o combate à zika e outras doenças relacionadas ao mosquito Aedes aegypti. O projeto foi aprovado no âmbito do “Eixo Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes Aegypti e à Microcefalia”. A pesquisa visa desenvolver um teste rápido, eficiente e barato para o diagnóstico da zika, a partir de amostras de sangue, urina ou, até mesmo, de saliva.

A proposta é desenvolver um biossensor seletivo e sensível à presença de biomoléculas relacionadas à infecção pelo vírus da zika. O biossensor é formado por nanopartículas de ouro ou prata modificadas por biomoléculas, e permitirá a detecção da presença do vírus mesmo em baixíssimas quantidades, fazendo incidir um feixe de laser sobre a amostra e registrando o espalhamento sofrido por essa luz – que será diferente na presença ou ausência do vírus.

A sensibilidade da metodologia é garantida pela característica particular do nanocompósito formado pela associação das nanopartículas de ouro ou prata com o biossensor, capaz de produzir um intenso espalhamento do laser. É o chamado espalhamento Raman intensificado pela superfície (SERS, na sigla em inglês), que já vem sendo utilizado, por exemplo, na detecção de biomarcadores, no estudo de transformações químicas do DNA, na obtenção de imagens do interior de células, entre outras aplicações. Como resultado, espera-se produzir um kit protótipo para análise do vírus de maneira direta e em baixas concentrações.

A equipe reúne pesquisadores do IQ, incluindo docentes, pós-graduandos e alunos de iniciação científica, com sede no Laboratório de Espectroscopia Molecular (LEM).O projeto envolve também colaboradores da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade de Victoria, no Canadá. A Capes liberou um financiamento no valor de R$ 150 mil para a aquisição de reagentes e serviços necessários ao projeto.

Mais informações: email paola@iq.usp.br, com a professora Paola Corio


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