Paulo Artaxo Netto é vencedor do Prêmio Faz Diferença

Pesquisador do Instituto de Física venceu premiação do jornal O Globo na categoria Sociedade/Sustentabilidade

 06/02/2017 - Publicado há 7 anos

Paulo Artaxo Netto, professor do Instituto de Física (IF) da USP, é considerado um dos cientistas mais influentes do mundo, figurando com apenas mais três brasileiros numa lista de 3.126 nomes criada em 2015 pela consultoria Thomson Reuters. Agora, o pesquisador foi escolhido vencedor na categoria Sociedade/Sustentabilidade da 14ª edição do Prêmio Faz Diferença, do jornal O Globo.

A premiação e a inclusão de Artaxo na lista dos pesquisadores mais influentes do mundo se devem às suas mais de 400 pesquisas desenvolvidas ao longo da carreira, concentrando-se especialmente em entender aspectos complexos do bioma amazônico, como a poluição atmosférica e o ciclo hidrológico da região. Em 2016, tornou-se presidente do Programa de Grande Escala Biosfera-Atmosfera na Amazônia, um projeto de cooperação internacional, e publicou na revista Nature extenso estudo sobre como se formam as chuvas na floresta amazônica, feitos que lhe renderam a indicação ao prêmio.

O físico viaja para o norte do Brasil todos os meses há quase quatro décadas, desde quando ainda fazia seu mestrado, para coletar dados sobre o ecossistema da Amazônia, que exerce papel crucial na contenção dos efeitos do aquecimento global. Além disso, Artaxo estuda desde a década de 1990 a poluição atmosférica nas metrópoles de São Paulo e do Rio de Janeiro, e integra o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU).

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Outras premiações importantes recebidas pelo cientista em sua carreira

Faz Diferença

O Prêmio Faz Diferença é uma iniciativa do jornal O Globo em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) que homenageia anualmente brasileiros cujo trabalho se destaca em diversas áreas de atuação. Após votação popular para definir três indicados em cada uma das 17 categorias do prêmio, os vencedores foram definidos por um júri formado por jornalistas de O Globo, dirigentes da Firjan, os ganhadores do prêmio anterior e internautas.

O professor Paulo Artaxo concorreu, na categoria Sociedade/Sustentabilidade, com o cientista suíço Ernst Götsch, que no início da década de 1980 trouxe para o Brasil o conceito de agrofloresta, desenvolvendo métodos de recuperação de solos degradados que mimetizam a regeneração de florestas, e com o jovem engenheiro ambiental Lucas Chiabi, criador de um serviço de coleta residencial de lixo orgânico chamado Ciclo Orgânico, que opera no Rio de Janeiro. Com seu sistema de reaproveitamento de material, a start-up estima que já tratou 38 toneladas de resíduos e evitou a emissão de 29 toneladas de gás carbônico na atmosfera.

A cerimônia do Prêmio Faz Diferença 2016 ocorre em março. A lista completa e descrições dos indicados e vencedores, bem como outras informações, estão no site do prêmio.

Mais informações: site http://eventos.oglobo.globo.com/faz-diferenca/2016


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