Na semana passada, aconteceu a troca de poder em Cuba: Raúl Castro passou o bastão para Miguel Díaz-Canel, eleito para um mandato de cinco anos, com possibilidade de renovação por mais cinco. Todavia, na prática, não deverá haver grandes alterações. Ou, nas palavras do embaixador Rubens Barbosa, “essa sucessão não representa uma mudança fundamental, tanto na política econômica como na política externa; vai haver uma grande continuidade”.
O fato é que Cuba passa por um momento econômico difícil e a relação com os EUA não é das melhores. A sucessão cubana também não deve afetar o Brasil, pelo menos enquanto durar o governo de Michel Temer. A mudança em Cuba, ao que tudo indica, foi apenas geracional e de estilo, na opinião do embaixador Rubens Barbosa. No entanto, não está descartada a possibilidade de vir a ocorrerem mudanças a longo prazo, mas nada que indiquem reformas significativas na economia ou na política externa.
“Cuba, com essa renovação na liderança, vai continuar a caminhar como está acontecendo com o Vietnã e aconteceu com a China, você vai ter uma gradual e lenta abertura econômica, mas com controle total da política pelo Partido Comunista e pelas Forças Armadas”, conclui Barbosa.