Surdez é doença relativamente comum em recém-nascidos

Uma a cada mil crianças vai apresentar um importante problema de audição, informa especialista

 19/03/2018 - Publicado há 6 anos

A surdez é a doença congênita mais comum em recém-nascidos. Um a cada mil vai apresentar um problema importante de audição, informa o médico Ricardo Bento, otorrinolaringologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Hoje, no Brasil, é obrigatório que se faça, em todo recém-nascido, a Triagem Auditiva Neonatal, popularmente conhecida como teste da orelhinha. Se a criança não passar nesse teste, ela passa novamente pelo mesmo teste depois de um mês, além de ser submetida a um exame mais sofisticado, que vai confirmar se há alguma perda auditiva significativa. No caso de o problema ser confirmado, a criança será submetida o mais rapidamente possível a um tratamento.

“Quanto mais rápido o tratamento, melhor o resultado final”, esclarece o dr. Ricardo Bento, que lembra que perdas auditivas podem ocorrer ao longo da vida, motivadas por outras causas, como os ruídos muito altos, que são uma característica de nosso mundo moderno. Felizmente, hoje existe um exame muito simples e eficaz – a audiometria – para medir com precisão o grau de sensibilidade da audição.

Nesta entrevista à Rádio USP, o médico do HC também distingue os casos de perda auditiva, classificando-os de reversíveis ou irreversíveis, e de como proceder em cada caso. O implante coclear é o recurso utilizado para aquelas pessoas que não ouvem absolutamente nada. O custo desse tratamento é elevado, mas o dr. Ricardo Bento diz que é coberto integralmente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). De acordo com ele, o programa de implante coclear do HC é o maior do Brasil e um dos maiores do mundo  – em torno de 2 mil pessoas são tratadas no HC, por meio do SUS.


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