Reação exagerada a agentes infecciosos pode levar à morte

Médico alerta que a sepse pode envolver fatores hereditários

 23/11/2017 - Publicado há 6 anos

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A sepse, também conhecida como Síndrome de Resposta Inflamatória Sistêmica (Sirs), é uma reação exagerada a uma infecção no organismo  e pode levar à morte por meio da falência múltipla de órgãos. Inicia-se de forma local não controlada e, às vezes, provoca uma resposta exagerada em alguns indivíduos.

O infectologista do Instituto de Infectologia do Hospital Emílio Ribas, Jean Gorinchteyn, explica que, como os agentes infecciosos chegam à corrente sanguínea, as células de defesa reagem em diversas regiões do corpo ao mesmo tempo. Assim, ele esclarece que o problema não é da bactéria, do vírus ou do fungo invasor, mas sim da maneira pela qual o corpo se defende. Gorinchteyn afirma, ainda, que há fatores genéticos que tornam a sepse suscetível. Além disso, a falta de atenção à enfermidade pode levar à morte e o especialista expõe que o problema acontece mais fora do que dentro dos hospitais.

Alguns sinais de alarme são o pulso e o coração acelerados, respiração ofegante, pressão arterial elevada, mal-estar e, em casos mais graves, sonolência.

Ainda com relação ao sistema imunológico, o médico destaca a campanha de conscientização e prevenção da Aids do Instituto de Infectologia, marcada por #BoraSeCuidar, que atenta para recursos complementares à camisinha.

Ele esclarece que existe a profilaxia pré-exposição, que antecipa medicações antirretrovirais para profissionais do sexo, transgêneros e pessoas soropositivas, e a pós-exposição, voltada para parceiros que fizeram sexo sem proteção, romperam o preservativo durante a relação ou foram vítimas de violência sexual.

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