Professor comenta mudanças na propaganda política 2016

Está aberta a temporada de propaganda eleitoral no rádio e na TV – para Celso Matsuda, questão ética deve preponderar na atual campanha

 26/08/2016 - Publicado há 8 anos     Atualizado: 29/08/2016 as 11:13

Acompanhe a entrevista do repórter Fabio Rubira com o professor Celso Matsuda, da ECA-USP:

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Começou nesta sexta-feira, em todo o País, a propaganda eleitoral gratuita dos candidatos que concorrem aos cargos de prefeito e vereador nas eleições deste ano, e com algumas novidades. O Tribunal Superior Eleitoral promoveu algumas alterações nas regras da propaganda no rádio e na TV, que será mais curta em comparação aos últimos anos – passou de 45 dias para 35. Dessa forma, segundo o TSE, “a campanha terá dois blocos no rádio e dois na televisão, com dez minutos cada. Além dos blocos, os partidos terão direito a 70 minutos diários em inserções, a serem distribuídos entre os candidatos a prefeito (60%) e vereadores (40%)” . Essas inserções somente poderão ser de 30 ou 60 segundos cada uma.

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil

A propaganda deverá ser veiculada nas rádios comunitárias, nas emissoras de televisão que operam em VHF e UHF e nos canais de TV por assinatura de responsabilidade das Câmaras municipais. O conteúdo da propaganda é de inteira responsabilidade do candidato, do partido político e da coligação.

Para o professor de marketing político da Escola de Comunicações e Artes da USP, Celso Matsuda, essas mudanças nas regras, embora pontuais,  “terão grande impacto nas eleições”. Ele cita como uma das principais o fato de as empresas não poderem mais financiar  campanhas, uma vez que os recursos só poderão vir  de pessoas físicas e do fundo partidário. Ou seja, a campanha está mais pobre, o que, na opinião de Matsuda, favorece os grandes partidos em detrimento dos pequenos.

Ele entende ainda que a questão da ética deverá preponderar na atual campanha política. A lisura e a conduta dos candidatos certamente serão cobradas pelos eleitores. Resta saber se os políticos estão preparados para essas mudanças.

 


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