A Petrobras anunciou para esta sexta-feira, dia 24, mais um reajuste de preço dos combustíveis em suas refinarias. O aumento de 1,9% é o segundo em dois dias. Nesta quinta-feira, dia 23, entrou em vigor um reajuste de 5,1%.
E tem sido assim nos últimos meses. Só em setembro, os preços praticados pela empresa sofreram nada menos do que 19 reajustes, segundo levantamento do Ceper/Fundace, órgão ligado à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (Fearp) da USP.
Isso acontece, segundo o Ceper/Fundace, porque houve mudança na forma da Petrobras ajustar os preços dos combustíveis das refinarias para as distribuidoras o que acarreta frequentes reajustes de preços de gasolina e diesel para os consumidores que é, no final da cadeia, quem paga pela conta cada vez mais cara.
O professor Eliezer Martins Diniz, da Fearp, analisa a questão. Para ele, a Petrobras profissionalizou parte de seu quadro de diretores que antes era ocupado por políticos. O resultado é a readequação de preços aos valores de mercado que sofre ainda a influência dos preços internacionais.
Ele ressalta que a empresa precisa ser inserida no contexto das energias renováveis, como a eólica e a solar, dentro de uma política de médio a longo prazo.