Para colunista, falta compromisso ético na Base Nacional Curricular

Renato Janine lamenta a ausência de questões como o respeito à diversidade no texto aprovado em 15 de dezembro

 20/12/2017 - Publicado há 6 anos
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Em sua última coluna do ano de 2017, o professor Renato Janine Ribeiro analisa a aprovação da Base Nacional Comum Curricular, no último dia 15 de dezembro, pelo Conselho Nacional de Educação.

O professor se vale da experiência que teve como ministro da Educação para comentar a medida. Segundo Janine, a base é muito importante, pois é a definição do tipo de educação que um país quer. “A base deve definir qual o espaço de educação, em que ano os alunos vão aprender e quais os conteúdos. E ela é uma base, alguns chamam de currículo mínimo, quer dizer, ela não esgota o que vai ser ensinado nem os métodos pedagógicos utilizados.”

Entre os pontos positivos, Janine cita o destaque às diferenças regionais no ensino de quatro áreas: História, Geografia, Biologia e Língua Portuguesa. Como pontos negativos, ele conta que, para aprová-la, o governo retirou todas as questões que envolviam valores éticos importantes, como o respeito à diversidade e às orientações sexuais diferentes da heterossexualidade, por pressão de segmentos conservadores. “Faltou na base um compromisso ético, que precisaria ser restabelecido”, lamenta o professor.

A coluna retornará na primeira semana de fevereiro de 2018.

Ouça acima o áudio na íntegra.


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