Pacotes de serviços e taxa de juros são os vilões bancários

Poucas instituições que dominam o mercado e falta de concorrência geram distorções para o consumidor

 03/01/2018 - Publicado há 6 anos
Por

Em um ano, 81% dos 58 pacotes de tarifas oferecidos pelos principais bancos do País sofreram reajuste de preços. Esse foi o resultado do estudo do Idec, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, que levou em conta os dados de tarifas bancárias dos cinco maiores bancos do País: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e Santander.

O levantamento comparou os preços dos serviços financeiros entre novembro de 2016 e outubro de 2017 e, segundo o Idec, o aumento é considerado abusivo.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Mas não são apenas as tarifas dos serviços bancários que preocupam o consumidor. As taxas de juros dos empréstimos bancários continuam exorbitantes, mesmo com a redução da taxa Selic a 7% ao ano pelo Banco Central, levando os juros ao menor patamar histórico.

A análise é do professor Rudinei Toneto Junior, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (Fearp) da USP.

Para o professor, a concentração do mercado financeiro em cinco instituições cria distorções como tarifas elevadas demais. Quanto aos juros, o professor defende uma ação maior do governo, impondo aos bancos oficiais taxas menores dos spreads bancários para forçar a concorrência.

O spread bancário é a diferença entre o custo do dinheiro para o banco, que é o quanto o banco paga ao tomar empréstimo, e o quanto ele cobra para o consumidor na operação de crédito.

Por Ferraz junior


Política de uso 
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.