Em sua coluna semanal para a Rádio USP, o professor Carlos Eduardo Lins da Silva aborda a decisão do jornal New York Times de demitir a colunista Quinn Norton – “uma das melhores jornalistas da área de tecnologia nos EUA” – apenas seis horas depois de contratá-la. Para Lins da Silva, trata-se de “um episódio muito marcante destes nossos tempos de mídias sociais”. O motivo da dispensa foi o fato de Norton manter laços de amizade com um dos líderes que defendem a supremacia branca nos EUA, movimento de tendência neonazista. Houve pressão nas redes sociais e a jornalista acabou sendo demitida.
Na coluna “Horizontes do Jornalismo”, Lins da Silva também aborda a relação entre a posição editorial de um jornal e o seu público da rede social. Segundo o colunista, trata-se de uma relação complexa, uma vez que “o Times vive hoje uma crise de identidade”. Ele vem sendo acusado por parte dos leitores de ser condescendente com o presidente Donald Trump, enquanto outros pensam exatamente o oposto. Na opinião do colunista, o Times, assim como todos os demais jornais, têm de aprender a lidar com as mídias sociais.