Jejum para exames de sangue não é mais consenso na classe médica

A necessidade de passar 12 horas sem se alimentar antes de exames de prevenção de doenças cardíacas pode estar com os dias contados

 18/10/2016 - Publicado há 8 anos

Ouça a entrevista do diretor de Bioquímica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Nairo Sumita, para a repórter Simone Lemos.

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Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O sacrifício de ficar 12 horas sem se alimentar para fazer um exame pode estar com os dias contados. A exigência do jejum nos exames de prevenção de doenças cardíacas, antes consensual entre a classe médica, já não encontra mais unanimidade. A Sociedade Europeia de Cardiologia, por exemplo, já não recomenda mais que o paciente enfrente um jejum tão longo.

Em entrevista para a Rádio USP, o médico Nairo Sumita explicou que o HC segue as diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que ainda não publicou nenhum posicionamento sobre o tema. Apesar disso, Sumita aponta que a tendência é que os jejuns, especialmente para medir os triglicérides, passem a ter, no máximo, quatro horas, já que estudos indicam que não há alterações significativas nesse valor entre os pacientes que se alimentaram entre 12 e quatro horas antes do exame.


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