Facebook e Google não podem fugir de sua responsabilidade

Para Luli Radfahrer, elas devem ser classificadas como empresas de mídia, com tudo que isso representa em termos de responsabilidade social

 11/05/2018 - Publicado há 6 anos

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Facebook e Google alegam não ser empresas de mídia, mas salas de conversação, o que é contestado pelo professor Luli Radfahrer em sua coluna semanal para a Rádio USP. Ele entende que elas são empresas de mídia porque simplesmente funcionam como uma, pois “a maior parte do faturamento dessas empresas vem de publicidade, e a maior parte da verba de publicidade é concentrada nessas empresas. O modelo de negócios deles é muito parecido ao de uma televisão aberta, de um jornal, de uma emissora de rádio”, argumenta o colunista.

Radfahrer diz que essa classificação é importante porque, ao classificarmos um veículo como de mídia, esse veículo passa  a ter responsabilidade. “Se uma empresa é classificada como uma empresa de mídia, ela se responsabiliza pelo conteúdo que tá lá dentro”. E mais: “Se eles realmente acreditassem que não são empresas de mídia, então é muito fácil, tira todo o conteúdo de mídia lá de dentro: não coloca nada de nenhum jornal, não coloca nada de  nenhuma empresa de televisão e bloqueia tudo que vier de jornal e de televisão”.

O que essas empresas fazem, de acordo com Radfahrer, é piratear notícias dos principais veículos de comunicação, e é por isso que uma notícia falsa divulgada pelo Facebook ou pelo Google acaba por ser tão daninha. Acompanhe, no link acima, a íntegra da coluna.


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