Facebook e Google alegam não ser empresas de mídia, mas salas de conversação, o que é contestado pelo professor Luli Radfahrer em sua coluna semanal para a Rádio USP. Ele entende que elas são empresas de mídia porque simplesmente funcionam como uma, pois “a maior parte do faturamento dessas empresas vem de publicidade, e a maior parte da verba de publicidade é concentrada nessas empresas. O modelo de negócios deles é muito parecido ao de uma televisão aberta, de um jornal, de uma emissora de rádio”, argumenta o colunista.
Radfahrer diz que essa classificação é importante porque, ao classificarmos um veículo como de mídia, esse veículo passa a ter responsabilidade. “Se uma empresa é classificada como uma empresa de mídia, ela se responsabiliza pelo conteúdo que tá lá dentro”. E mais: “Se eles realmente acreditassem que não são empresas de mídia, então é muito fácil, tira todo o conteúdo de mídia lá de dentro: não coloca nada de nenhum jornal, não coloca nada de nenhuma empresa de televisão e bloqueia tudo que vier de jornal e de televisão”.
O que essas empresas fazem, de acordo com Radfahrer, é piratear notícias dos principais veículos de comunicação, e é por isso que uma notícia falsa divulgada pelo Facebook ou pelo Google acaba por ser tão daninha. Acompanhe, no link acima, a íntegra da coluna.