Extremo climático nordestino é acentuado por fenômeno oceânico

Previsões de precipitação para 2100 apontam maior volume no período chuvoso e estação seca mais intensa

 09/06/2017 - Publicado há 7 anos

Logo da Rádio USP

Segundo o professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, Gustavo Chiessi, o transporte de calor no Oceano Atlântico Sul sofre uma anomalia. Ao contrário do que acontece em outros oceanos, o Atlântico Sul leva o calor do polo do hemisfério em direção ao Equador termal – faixa oceânica com maior temperatura de superfície d’água. No local de atuação dessa faixa, a chuva é intensificada.

As pesquisas apontam que uma redução da intensidade do transporte de calor até o norte aproxima a faixa do Equador termal da região nordestina do Brasil. Assim, as chuvas se tornam mais intensas. O professor afirma que as previsões para o clima nordestino em 2100 levam em conta esse fenômeno, que resultará em uma estação chuvosa mais intensa e um período de seca ainda mais acentuado. Ele esclarece que, nesse cenário de maiores extremos, a região receberá ainda menos precipitação ao longo do ano.

O Jornal da USP, uma parceria do Instituto de Estudos Avançados e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.

Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 93.7, em Ribeirão Preto FM 107.9, pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular.


Política de uso 
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.