Em sua coluna desta semana, a professora Marília Fiorillo, após relatar que Donald Trump transformou a Casa Branca num reality show, destaca o súbito aumento da temperatura nas relações diplomáticas entre Inglaterra e Rússia. A premiê britânica Theresa May, ao admitir que o governo russo tem tudo a ver com o envenenamento, do ex-agente russo Sergei Skripal, ocorrida recentemente na Inglaterra, pediu explicações a Moscou, que respondeu com sarcasmo. Vladimir Putin até se arriscou a um riso zombeteiro, quando lhe perguntaram sobre o caso.
A Inglaterra, por sua vez, reagiu com a expulsão de 23 agentes travestidos de diplomatas, remetendo a uma medida que já havia sido adotada em 2006, por ocasião do envenenamento de outro espião russo. Pouco mais aconteceu, além de ameaças de sanções, uma vez que nem a ONU nem a Otan parecem ter comprado essa briga. “Ninguém parece muito inclinado a comprar briga com Putin, a uma semana de ser reeleito para mais um mandato”, observa a colunista.
Dias atrás, o presidente russo alardeou para o mundo que a Rússia possui o mais invencível dos mísseis nucleares. “Para que ou por que essa demonstração desabrida de força?”, pergunta a colunista. Para ela, tudo parece se tratar de mais uma “peça de propaganda eleitoral para excitar o patriotismo e elevar o índice de comparecimento às urnas”.