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O acidente com o avião que transportava a delegação da Chapecoense, na madrugada da terça-feira (29), na cidade de La Unión, perto de Medellín, na Colômbia, causou comoção nacional. As autoridades colombianas confirmaram a morte de 71 pessoas. A delegação da equipe de Santa Catarina era composta de 22 jogadores, 21 jornalistas e três convidados. Três jogadores conseguiram sobreviver, além do jornalista Rafael Henzel e dos tripulantes Ximena Suarez e Erwin Tumiri, num total de seis sobreviventes. As causas do acidente ainda são desconhecidas – por enquanto, existem apenas especulações.
Tragédia consumada, resta saber lidar com a dor da perda, que afeta principalmente as famílias das vítimas, mas não somente elas, já que todo o País, de uma forma ou de outra, sente o impacto do ocorrido. “A compreensão, na verdade, é bastante difícil. É uma morte traumática e inesperada, que vai levar muito tempo para ser assimilada”, diz, em entrevista à repórter Simone Lemos, a professora Elaine Gomes dos Reis Alves. Pesquisadora do Laboratório de Estudos sobre a Morte, do Instituto de Psicologia da USP, ela entende que o velório é um momento muito importante, pois é um ritual que implica na possibilidade da aceitação e da despedida dos entes queridos.