Cemitérios “narram” como as cidades lidam com seus mortos

Em sua coluna semanal, a professora Raquel Rolnik trata da relação de São Paulo com seus cemitérios

 02/11/2017 - Publicado há 6 anos     Atualizado: 06/11/2017 as 8:12

Feriado de finados……e a administração pública municipal volta os olhos para os cemitérios da cidade. Aproveitando a deixa, a professora Raquel Rolnik traça um breve histórico dos cemitérios de São Paulo, os quais “falam muito de como a sociedade entende a morte e o luto e trata com ela”. Até a segunda metade do século 19, as pessoas eram enterradas dentro das igrejas e, posteriormente, nos pátios das mesmas. A discussão sobre a necessidade de mudar o hábito de sepultar os mortos em igrejas havia tido início ainda no início do século 19.

Apesar das resistências, não tardou para se passar a construir cemitérios separados das igrejas. Em 1858, inaugura-se o primeiro cemitério de São Paulo, o da Consolação, ao qual seguiu-se o do Araçá. O primeiro cemitério verdadeiramente popular – destinado à população operária – foi o cemitério da Quarta Parada, no Brás.

Raquel Rolnik observa que, em seus primórdios, os cemitérios eram tratados como cidades dos  mortos – como tais, refletiam disparidades econômicas e sociais. Acompanhe, no áudio acima, a íntegra da coluna Cidade para Todos.


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